sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Via de la Plata + Sanabrês (Ago 09) Dia 5 Casar de Cáceres - Carcaboso

Por este dia apareceram vários pontos de elevado interesse. Começámos logo por ter um nascer de dia magnifico que não pudemos deixar de guardar em fotos, depois vieram as descidas técnicas em direcção à barragem de Alcantara e ao nosso muy saudoso rio Tajo. Claro que depois das "bajadas" vieram as "costas arriba". Nessas fui evoluindo, sem compromisso com os demais colegas, mas tive que ficar à espera, porque a "concorrência" foi ficando cada vez mais atrasada pelos enumeros furos que iam tendo. Principalmente o 18, a quem começamos a apelidar de "pinchoré" ou o "Rei de pincho". Sempre cobertos por um sol tão brutal como as descrições que sabemos do "tarrafal", fomos obrigados a parar em Galisteo, onde fizemos um bom repasto e bons amigos. Por lá também acabamos por nos cruzar uma vez mais com um grupo de 4 bascos, que como nós estavam com o Norte em rumo, mas em direcção a Astorga, ponto final da original Via Emerita Cesar Augusta.




Variámos entre os 200 mt e os 50 mt, não passando mais uma vez dos mil metros de acumulado. O total da etapa não passou dos 75 km's


TRACK E ALTIMETRIAS NO WIKILOC :
http://es.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=512313


Pela noitinha mas com mais de trinta graus, saímos em direcção ao Rio Tajo que sabíamos estar por perto. Claro que o dia não podia começar sem que antes o Pinchoré remendasse mais um furo que tinha na roda da frente.

Começava o desfile de cores proporcionadas pelo aproximar do sol à linha do horizonte.
Tal como nós esta ovelha negra (juntamente com o seu rebanho), aguardava o surgir do astro.


Aí vem ele em todo o seu esplendor, provocando uma panóplia de cores indescritível.



Uns segundos mais tarde, uns lumens mais visíveis e uns centímetros mais alto


Fabulosas as descidas para a barragem de alcantara, onde viríamos a encontrar um peregrino pedonal que caminhava essencialmente de noite, por não aguentar o calor depois das dez da manhã. Como eu o compreendo... Estava no nosso albergue, mas saiu por volta da uma da manhã para uma caminhada solitária até ao albergue que se situava por aqui, pelas imidiações do Tejo. Na noite anterior Também tinham ficado no nosso alojamento uns jovens de Irun (um casal), que já conhecíamos desde Almaden, por terem chegado já a noite ia alta, por terem estado perdidos no sendero del calvário. Com eles fizemos parte da descida que aqui relato.





Palavras para quê... É um artista português... Aqui achei que já era demais e pedi ao 18 para me deixar ver o que se passava com tal buzilis. Tinha a tela de protecção de aro danificada. depoois de uns ajustes e de termos aproveitado para remendar todas as camaras de ar que carregávamos furadas (...e não eram poucas...), seguimos caminho. A demora foi tal que não mais vimos o casal de Irun. Soubemos depois, e em várias ocasiões que tinham passado em tal lugar... a determinada hora.


É só simbolismo...



Lindo... O nosso rio



Depois da barragem e da passagem pelo rio, julgávamos que iríamos ter um pouco de estrada. Puro engano, logo a seguir abandonámos a dita para os trilhos de montanha e começámos a subir, quase até ao almoço.


Sigue, sigue... non pares...


A paisagem habitual


Esta subida, vista pela foto não aparenta a real dificuldade que acarretava. Era um verdadeiro obstáculo em que tivemos que apear e levar a bicicleta à mão. Por aqui começamos a apelidar todo este trajecto como a Via de la P(l)ATA. Quando começámos a subir fomos interpelados por um velhote que dizia insistentemente para tomarmos o caminho da estrada, por ali ser impossível passar com a bicicleta... Mas a gente, o que gosta é mesmo de dificuldades...


Vegetação sem cambiantes... Relevo mais acidentado.


Galisteo ao fundo. Já tínhamos uma sede, que nem víamos a fome que nos roía o estômago



Simpática a malta do restaurante onde almoçámos. Também, depois de um entrada à matador
em que bebi 4 imperiais de "penalty", reinou logo a boa disposição. - Estava realmente com muita sede! Já sentados a degustarmos o repasto, chegaram os 4 bascos, que acabaram por ficar hospedados na pensão do jovem casal, donos do restaurante.

Aldea de Jerte, a caminho de Carcabosso. Localidade onde nos queríamos "quedar" por trazermos muito boas referência do sr. Fernando de Casar de Cáceres, mas também por saber dos preços e hospitalidade da D. Elena, por via dos relatos da Via, que tinha lido nos fóruns, nomeadamente um de Oswaldo Buzzo, que além de muito detalhado e explicativo, tem uma leitura fácil.

TODAS AS FOTOS DESTE DIA NO PICASA :



GR (GPS)

1 comentário:

Anónimo disse...

Amigos,

Obrigado pela referência ao meu relato e, em consonância, Carcaboso foi um local de grata lembrança, mormente pelo tratamento dispensado aos peregrinos por Dona Helena.
Abraços,
Buzzo/Oswaldo - Campinas / São Paulo / Brasil