Neste terceiro dia, apesar do calor continuar constante e ardente, foi o que me custou menos. Não só porque de uma forma geral foi sempre a descer, só acumulámos cerca de 400 mt de subida, mas essencialmente porque foi o dia em que estivemos menos tempo em cima da bicicleta. Demorámos menos de seis horas para completar os 70 km que nos levariam até à fabulosa cidade de Património mundial que é Mérida. Depois de Roma (em que os vestígios romanos andam no chão ao pontapé), esta Emérita Augusta é sem dúvida um tremendo espólio de arqueologia românica.
Na etapa mais fácil descemos dos cerca de 600 mt para os 200 mt em que se posiciona Mérida e o seu Rio Guadiana.
TRACK E ALTIMETRIAS NO WIKILOC :
http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=512276

Logo pela manhã cedo começámos a subir desde a saída de Puebla de Sancho Perez até chegarmos a uma das cidades referência da Estremadura Espanhola, na província de Badajoz, falo-vos e Zafra, aqui representada pelo seu Castelo. Por aqui fizemos uma paragem técnica obrigatória para retemperar forças. Fizemos umas compras no super "El Arbole" e fomos tomar o 2º desayuno para um jardim. Depois, e antes de partirmos, ainda fomos "sellar" ao Ayuntamento, como aliás é da praxe...


Aqui nesta foto, e a servir de mesa está um dos cubos que marcam o caminho pela região da Estremadura. Estão muito bem posicionados, são quase todos de pedra granítica, mas também os há de chapa. Normalmente os segundos, e apesar de novos, estão selvaticamente danificados. Indicam-nos a direcção correcta e se estamos num caminho de Santiago ou numa parcela da Via Romana Original. Pode dar-se o caso, como nos aconteceu variadíssimas vezes, de estarmos nas duas em simultâneo. Tal facto está descrito pelas cores dos azulejos que estão colados na lateral. O amarelo representa o caminho e o Azul a Emerita César Augusta. Estrada criada para os romanos efectuarem as suas trocas comerciais e fazerem os seus movimentos de tropas e de escravos. De repente parece que estamos num livro do Asterix...LOL....






O albergue. Antigo moinho de água, ainda com os subterrâneos à mostra, foi transformado em albergue. mas por ter as águas completamente paradas e não circular o ar, foi das piores noites que passei em peregrinações. tenho consciência de ter perdido alguns litros de água pela desidratação a que estivemos sujeitos.

TODAS AS FOTOS DESTE DIA NO PICASA :
Sem comentários:
Enviar um comentário