Bem, este dia tem p’ra ki “estórias” para contar que não acaba mais. Não sei por onde é que hei-de começar…
1º Foi o deslumbramento pelo nascer do dia. Mais uma vez, e como já estávamos bastante elevados (quase 800 mt), sabíamos de antemão que naquele horizonte passariam umas “guerras” de cores intermináveis, daí as muitas fotos que tirávamos a cada cambiante de croma.
Depois, como continuámos a subir, adivinhava-se a passagem a qualquer momento da barreira sempre mítica dos 1000 mt de altitude. Claro que para atingir tal feito, não poderíamos deixar de ter mais um furo dos do… César. Mais uma risada de riso… Mais espanhóis a passar p’la gente.
Mil metros e Fuente Robles de salvatierra, pueblo de muitas tradições nesta Peregrinação, não só pela igreja do séc XII e pelo pedaço de Via Romana praticamente intacta que possui, mas também, e principalmente, por ser a sede do Padre Blás, Homem sobejamente conhecido no que às iniciativas louváveis diz respeito. É de tal maneira que, para comprovar a minha teoria, tal discípulo de Deus tinha acabado de chegar, mais os seus seguidores (a aldeia quase toda) de Roma, onde tinham estado, mais uma vez a visitar o Papa. Este homem e o seu “staff” têm um enorme respeito e admiração p’los Peregrinos em geral, não descorando todas as atenções possíveis para a gente que Caminha para Santiago. As histórias que ouvimos e as visitas que fizemos às instalações do albergue não deixam margem para qq dúvida. Como acrescento a tal empenho, posso dizer que ao chegarmos a Salamanca (ainda a uns dez quilómetros) cruzámos-nos com uma senhora de idade assinalável que caminhava para Santiago, mas em notórias dificuldades. Muito mais tarde, pois só chegou já a noite se aproximava, veio-nos confessar que não aguentava as dores num pé, vindo a deslocar-se muito dificilmente. Ao abordarmos em conversa o padre Blás e o seu albergue, confessou-nos que não a queriam deixar sair, quando uns dias antes por lá passou. Mas como a sua insistência foi grande, nada puderam fazer para a impedir. Curioso, ou se quiserem carinhoso, foi o facto de a terem acompanhado a pé pelos primeiros quilómetros, e de, ao fim do dia terem mandado alguém de carro ao povoado onde seria previsível que a nossa amiga entradota estivesse, para ver se tinha corrido tudo bem… Apesar de tudo. – ISTO É O CAMINHO!!!! (como diria um Amigo que fizemos à-posteriorí).
Ainda passámos pela “cena” da vaca… já lá vai. E pela Maravilhosa estadia na Muy bela e histórica Salamanca.
Apesar das constantes subidas e descidas, não variámos mais do que entre os setecentos e muitos e os mil e poucos, numa etapa que se estendeu por 80 km´s e que teve um acumulado de subida a rondar os 1000 mt
TRACK E ALTIMETRIAS DESTE DIA EM WIKILOC :
http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=512345
Apesar da imagem... Mil palavras não chegam para descrever a imagem que vimos.
...Além de que a parca qualidade das máquinas e principalmente dos fotógrafos, não deixa que se tenha uma noção aproximada (quanto mais exacta) do que pudemos assistir naquela manhã. Se tiverem com tempo e paciência, passem os olhos pelo Picasa (link em baixo), para verem algumas das hipóteses coloridas do horizonte.
Coincidências (incidências do próprio destino) acontecem aos montes. Estavamos nós a passar pelos mil metros de altitude quando por nós passou um dos rarissímos peregrinos a pé, mas este com a "agravante" de estar a efectuar o Caminho em sentido contrário... ia para Sevilla. Por momentos só nos veio à memória (uma frase batida): - O calor que ele vai apanhar!
Os celebres manómetros do Je, aqui se prova que estavamos a subir para além dos mil metros de altitude.
Chegádos a Fuente Robles de Salvatierra (Padre Blás), fomos logo tratar do 2º desayuno, qu'isto a malta não vive do ar...lol... Quando entrámos no café que afinal não o era, era sim, uma mercearia, providenciámos logo umas compras higiénicas. Por lá já estavam os nossos Amigos bascos. Foi tal o alvoroço que quando saímos estava uma fila de donas de casa lá da terra à espera para fazer as compras para as famílias. No fundo é só empatas...
Faceta curiosa, esta do albergue do padre Blás. Faz de albergue a alguns Peregrinos já retirados que acabam por ajudar nas lides. Por lá vimos indícios de americanos, israelitas e muito mais... Um autêntico "lar" para Caminhantes reformados...lol... Com um bocado de jeito... Ainda vou lá parar.
Claro que se impunha a foto com o "homem" em causa. Estavam à espera de um velhinho? - Também nós!
Parece um desenho mas é uma realidade. Um pequeno troço de uma calçada romana original. Devidamente conservada e intacta para que se tenha a precepção de como era na realidade tal trajecto.
Indescritivel... A isto chama-se rir da desgraça alheia....?... alheia a quem? Mas isto não se está a passar com a gente.... Nããããã.... Deve ser aqui ao lado.
Mesmo depois de remendado o furo, e preparados para arrumar o arsenal e voltar ao rumo... PUM! Lá foi a camara de ar outra vez. Então não é, que ao tentarmos tirar a Bomba do pipo este veio agarrado. Não sei se da força (raiva) com que foi executado o movimento, ou se a borracha seria de má qualidade.
Coincidências (incidências do próprio destino) acontecem aos montes. Estavamos nós a passar pelos mil metros de altitude quando por nós passou um dos rarissímos peregrinos a pé, mas este com a "agravante" de estar a efectuar o Caminho em sentido contrário... ia para Sevilla. Por momentos só nos veio à memória (uma frase batida): - O calor que ele vai apanhar!
Os celebres manómetros do Je, aqui se prova que estavamos a subir para além dos mil metros de altitude.
Chegádos a Fuente Robles de Salvatierra (Padre Blás), fomos logo tratar do 2º desayuno, qu'isto a malta não vive do ar...lol... Quando entrámos no café que afinal não o era, era sim, uma mercearia, providenciámos logo umas compras higiénicas. Por lá já estavam os nossos Amigos bascos. Foi tal o alvoroço que quando saímos estava uma fila de donas de casa lá da terra à espera para fazer as compras para as famílias. No fundo é só empatas...
Faceta curiosa, esta do albergue do padre Blás. Faz de albergue a alguns Peregrinos já retirados que acabam por ajudar nas lides. Por lá vimos indícios de americanos, israelitas e muito mais... Um autêntico "lar" para Caminhantes reformados...lol... Com um bocado de jeito... Ainda vou lá parar.
Claro que se impunha a foto com o "homem" em causa. Estavam à espera de um velhinho? - Também nós!
Parece um desenho mas é uma realidade. Um pequeno troço de uma calçada romana original. Devidamente conservada e intacta para que se tenha a precepção de como era na realidade tal trajecto.
Mais uma fotografia artistica. Do mal o menos... Sempre aparecem os três aventureiros. Nem que seja pelo canto do olho.
Outra! Mais uma artistica... As sempre imprescindíveis sombras. são sempre surpreendentes. esta por acaso nem está nada mal... O que é que acham? Hum?
Algumas vezes acontecem estas bifurcações no Caminho. Muitas delas estão muto bem explicadinhas, como é o caso. Desta vez fomos pela que nos indicava a alternativa das bicicletas, e foi assim que pudemos testemunhar um acontecimento impar. Esta hipótese que seguimos não correspondia ao track que dispunhamos. Se não me engano não mais nos desviámos dele até Santiago, fazendo por cumprir todos os trilhos pedonais sem excepção. Situação que como será de supor acrescenta em muito a dificuldade deste percurso, já de si complicado. Foi dificil mas estamos orgulhosos... VALEU!
Se não tivessemos vindo por aqui não teriamos presenciado este acontecimento rural. Uma vaca já velhota quando bebia água no charco pantanoso deixou-se enterrar. estivemos a presenciar todo o processo de retirada da vaca. Que podem crer, mesmo com a ajuda dum potente tractor, não foi nada fácil.
Aqui fica patente os "finalmentes", quando após várias tentativas, finalmente a vaca ficou em terreno sólido. Por estar exausta de tanta resistência e desgaste dentro do pântano, acabou por ficar em repouso, sentada, à espera de ganhar forças e levantar-se. Para a história desta vaca, fica essencialmente a falta de algum "terylene", por ter andado de rojo pelo chão. Fala a experiência de um "Home" do campo como o César.
- Não é César?!?!?!? - Larga a rapariga... Pá!
Grandes atletas, em pleno esforço a terminar as subidas finais que nos levariam até Salamanca. Por esta altura já tínhamos cruzado a Peregrina francesa de que falei na intodução deste dia, e que seguia com visiveis dificuldades de progressão.
Salamanca à vista!!!! - Está lá, está! Bem lá no fundo.
A chegada à grande urbe foi uma parafernália de pequenas aventuras, que tentarei descrever brevemente. Como começavamos a ter alguns problemas com as bicicletas (tudo coisinhas pequenas), queriamos tentar aranjar uma boa loja ou grande superficie de desporto para tentar resolver tais maleitas. Os cubos da pedaleira, meu e o do César estavam com folga, eu estava a requerer pastilhas, o Ricardo percisava de um tela interior para a roda, e, último acontecimento mas a breve techo o mais impeditivo, eu,,, apesar de nunca furar por ter telas protectoras, tinha um tremenda bolha no pneu, que quase impossibilitava a passagem deste no quadro. Mas, e por ser sábado (sempre a mesma coisa em Espanha), só conseguimos compar o dito pneu... Do mal o menos, porque acabou por ser crucial. Enquanto procuravamos as lojas, depois de termos ido ao Decathlon e não nos termos safado, acabámos por cometer a heresia de ir comer a uma grande superficie de estrada onde por coincidência havia um MaC. OH! que chatisse! tivemos que almoçar por ali...lol...lol
A chegada à grande urbe foi uma parafernália de pequenas aventuras, que tentarei descrever brevemente. Como começavamos a ter alguns problemas com as bicicletas (tudo coisinhas pequenas), queriamos tentar aranjar uma boa loja ou grande superficie de desporto para tentar resolver tais maleitas. Os cubos da pedaleira, meu e o do César estavam com folga, eu estava a requerer pastilhas, o Ricardo percisava de um tela interior para a roda, e, último acontecimento mas a breve techo o mais impeditivo, eu,,, apesar de nunca furar por ter telas protectoras, tinha um tremenda bolha no pneu, que quase impossibilitava a passagem deste no quadro. Mas, e por ser sábado (sempre a mesma coisa em Espanha), só conseguimos compar o dito pneu... Do mal o menos, porque acabou por ser crucial. Enquanto procuravamos as lojas, depois de termos ido ao Decathlon e não nos termos safado, acabámos por cometer a heresia de ir comer a uma grande superficie de estrada onde por coincidência havia um MaC. OH! que chatisse! tivemos que almoçar por ali...lol...lol
Depois de tanta volta pela cidade, uma autêntica visita às zonas comercial e inustrial, demos entrada no magnifico albergue de Salamanca, mesmo coladinho à catedral, em pleno centro do Casco viejo. Lá, fomos amavelmente recebidos por duas hospitaleiras muito simpácticas, uma Catalã e uma Americana. - 18!?! não te esqueças da música para a Sra. lol
Sempre brutal e explendorosa esta magnifica "Plaça Mayor" de Salamanca. Por lá já estavam os nossos Amigos Bascos, estretanto também chegádos. Oh p'ra eles ali no meio da praça a esbracejar. Não deixámos de nos sentar numa esplanada a beber umas grandes cañas e a ver as vistas...
Para a posteridade. Tirada por umas brasileiras que "coincidêntemente" ali passavam. Esta Cidade, por ser um polo universitário de grande importância e uma das Universidades mais antigas do mundo., é uma cidade muito cosmopolita. Aqui aparecem-nos gentes de todo o lado.
Acabámos por fazer umas comprinhas salutares, que nos providenciaram o jartar e a merenda para o dia seguinte.
TODAS AS FOTOS DESTE DIA PICASA :
GR (GPS)
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