Mostrar mensagens com a etiqueta A Santiago em BICI. - Caminho Português de ESTE. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta A Santiago em BICI. - Caminho Português de ESTE. Mostrar todas as mensagens

sábado, 8 de janeiro de 2011

Caminho Português de Este a Santiago 4/4 (Mértola - Beja)

Último troço da minha prospecção pelos Caminhos D'Este em direcção a Santiago de Compostela. Neste pedaço, desde Mértola até Beja, o caminho faz-se totalmente por estrada (N122).

O Traçado (Mértola - Beja) :




Link para o Traçado no Wikiloc : http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1275446

As Fotos :

Cidade Velha de Beja.

Mértola, Rios Oeiras e Guadina.

G.R.

Caminho Português de Este a Santiago 3/4 (Alcoutim - Mértola)



Depois da apresentação deste Caminho D'Este, e da progressão entre as cidades de Tavira e Alcoutim
Vamos continuar com a foto reportagem deste Caminho, que, pelo menos nesta parte sul, até Mértola, é essencialmente desenrolado por estrada (N 122)

O Traçado (Alcoutim - Mértola) :




As Fotos :



Alcoutim.


Mértola.

G.R.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Caminho Português de Este a Santiago 2/4 (Tavira - Alcoutim)


Depois da apresentação feita recentemente neste blog, onde deixei umas luzes acerca da história de Tavira,origem deste Caminho no Século XIII, e o simbolismo religioso desta cidade,tardiamente conquistada aos mouros, traduzido na presença de 33 igrejas e espaços religiosos, venho agora falar um pouco (principalmente através das fotos), do que foi a minha pequena prospecção nestes terrenos.

Andei durante dois dias a seguir as setas amarelas, cuidadosamente colocadas pela Associação dos Amigos do caminho de Santiago de Tavira.


O Traçado (Tavira - Alcoutim) :



Link do Traçado no Wikiloc : http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=1275458


As Fotos :

Ponte Medieval sobre o Rio Gilão. Há quem lhe chame Ponte Romana, mas ao que sei, erradamente.


Castro Marim (Beasuris)


Vestígios da presença do Caminho por estas bandas. No chão, a pedra de sustentação de uma antiga entrada, têm uma vieira...


Possibilidades várias de progressão. Sempre com o Guadiana por perto.

Um casal de suecos que acabei por encontrar no Caminho. Momentos antes de cair uma enorme carga de água.

G.R

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Caminho Português de Este a Santiago. Apresentação 1/4 (Tavira)


O inicio deste Caminho d’Este, dá-se em Tavira. - A Cidade das 33 igrejas.

Acaba por ser um berço de peregrinação com uma explicação bastante lógica. Por ter sido das últimas localidades a serem conquistadas aos mouros, mais precisamente no ano de 1239, passou a ser um ponto de convergência de fés, onde muitas das congregações religiosas acabaram por ocupar espaços de culto, outrora legados de gentes muçulmanas. Como prova do poder cristão e da ajuda dos Santos nas batalhas contra os povos infiéis.

Como demonstração de força e glorificação pela conquista recente sobre o povo hostil, que ocupava a península. E pela dificuldade na expulsão definitiva dos povos, intitulando os Reis vindouros, durante anos, de senhores de Portugal e dos “Algarves”, Tavira, conquistada por D. Paio Peres Correia, tornar-se-ia um bastião da propagação da fé, acabando por ter em Santiago Mayor; “O mata-mouros”, um ícone. De tal maneira, que por ser o último grande reduto árabe do Algarve, e pelo simbolismo de tal vitória, terão sido por aqui fundadas, algumas Ermidas, Conventos, Igrejas e Capelas. Levando mesmo o Rei à altura, D. Sancho II, a doar o Castelo da Cidade, à ordem de Santiago.


Fachada direita, da Igreja Matriz de Santiago, onde se pode perceber a panóplia de cúpulas e Capelas, muito por culpa das várias épocas de construção, e posteriores reconstruções a que foi sujeita, principalmente depois do grande terramoto de 1755.


Ao todo, serão cerca de 33 espaços religiosos, onde se incluem algumas das Ordens religiosas mais conhecidas como: - Os Franciscanos (Antigo convento da igreja de São Francisco); As Carmelitas (Igreja da antiga Ordem terceira de Nossa Sra. do Carmo); As Bernardas (Antigo convento de Nossa Sra. da Piedade); Os Capuchos (Igreja e Convento de Sto. António), entre muitos outros, onde se incluem os inevitáveis Jacobinos, representados pela Igreja Matriz de Santiago (fotos), fundada em meados do século XIII e edificada sobre as ruínas de uma mesquita.

Capelas interiores, do lado esquerdo da Igreja de Santiago, e pintura de Santiago "O Mata Mouros"

Altar-mor e Cruz/Espada de Santiago no topo.

O Santo Santiago no Altar


É precisamente aqui que começa o Caminho Português de Este, nesta igreja onde a simbologia do santo “Mata-Mouros” está bem explícita, quer na fachada principal (fotos em baixo), num medalhão com trabalhos em maça, representativo de Santiago a cavalo, a derrubar os mouros (símbolo da conquista cristã), quer no seu interior (fotos em cima), onde podemos ver algumas pinturas que retratam essa mesmas batalhas.

A Fachada principal da Igreja Matriz de Santiago, em Tavira.

Pormenor da fachada em que se pode ver Santiago "O Mata Mouros" esculpido.

Pequena parcela da muralha do Castelo de Tavira, ao lado da Igreja Matriz de Santiago e em frente da Igreja de Santa Maria.

Os espaços de religiosidade cristã são tantos e com tal densidade, que muitas igrejas estão escondidas atrás de outras, tornado por certo esta cidade numa das mais representativas amostras da catolicidade portuguesa.


Escavações arqueológicas em Tavira.



Uma das primeiras setas amarelas em Tavira, indicadoras de direcção para o Caminho de Santiago.


Em relação ao Caminho que aqui nos traz, agora relançado pela Associação dos amigos do Caminho de Tavira, posso dizer, referindo-me somente à parte por mim cumprida, até Mértola, que o interesse turístico (cultural e paisagístico) é elevado, mas que a nível BTTistico, deixa muito a desejar.
O avanço desde Tavira até Altura, usando a costa, dá-se em grande parte nos sapais. O que torna a viagem muito agradável, por estradões amplos, também usados pela Ecovia do litoral. O pior, pelo menos para quem gosta de BTT, e, de fugir um pouco da estrada, dá-se a partir daí. Com a interiorização e a progressão rumo ao Norte, não mais largamos o alcatrão, algumas delas com um movimento assinalável de veículos motorizados.


NOTA : Ao que sei, já há quem tenha explorado outros terrenos de progressão, mais adequados a bicicletas de BTT, cumprindo em parte os locais definidos como pertencentes à origem desta Peregrinação; O Caminho Português de Este.
- Uma das formas de conhecer tal projecto: O Fórum do “Projecto BTT”


Não posso deixar de referir a boa marcação destes primeiros traçados, pelo menos até Mértola, e ao que sei, por agora, até Moura.
Segundo a entidade que tem prosseguido com a marcação e divulgação desta alternativa peregrinante, este Caminho tem duas ligações possíveis com caminhos mais populares, uma em Belmonte, usando uma via Romana proveniente de Mérida e de Cáceres, a “Via da Estrela”, que passando por Viseu, irá colar ao Caminho Central Português, outra, seguindo sempre o Norte, passando por Guarda; Castelo Rodrigo; Vila Nova de Foz Côa; Mirandela, Valpaços e Chaves, acabando por entrar em Espanha por Verin, usando o caminho Sanabrês para passar em Ourense, antes de chegar a Santiago.


Para melhor vos situar, posso referir que, seja por estrada ou por “outros terrenos”, Este D’Este passa por localidades como: - Castro Marim, Alcoutim, Mértola, Serpa, Moura, Mourão, Vila Viçosa, Borba, Estremoz, Sousel, Fronteira, Alter do Chão, Crato, Niza, Vila Velha de Rodão, Castelo Branco, Fundão e Belmonte, além das já referidas anteriormente.

G.R. e R.A.