Dia primeiro do mês das mentiras (para o caso, nem nos lembrámos de tal efeméride)
Mas de verdades posso-vos falar...
...O Portugal, aquele das tradições (que já não são) ...Afinal ainda existe. Tivemos em Juizo um "banho" de cultura campesina em que o amanhecer foi um grande exemplo. Por termos pernoitado no pequeno largo do chafariz, onde ninguém nos via, exceptuando uma sra. velhinha e simpática, daquelas que veste de preto e preto e que nos informou que cafés só nas aldeias seguintes (fomos à procura e mesmo esses estavam fechados), como dizia, com a alvorada fomos percebendo que, para as poucas gentes da aldeia estávamos a ser uma fonte de recreio e surpresa... Ainda hoje se deve comentar por tal recanto que esteve por lá uma Auto Caravana estacionada.
- ESPECTÁCULO!!!
De juizo em diante, depois de uma ligeira subida, logo iniciámos a descida até outro ribeiro completamente descontrolado e fora do leito. Por estas paragens não há açude que aguente a força das águas, nem curso de água que não tenha que ser transposto sem uma banhoca fluvial. Ainda para mais, logo pela alvorada, não é de todo apetecível encharcar os "Piezes", já que a sensação para o resto do dia tornar-se-ia muito desagradável. Já basta quando o São Pedro não colabora e a alternativa é inexistente. Por sorte, nem estava a ser o caso. - O dia apresentava-se muito risonho.
Podem até desconfiar, mas esta imagem foi muito comum e a nós já nem nos afectava.
- É para ir ao banho, 'tão bora lá!
Durante esta manhã, que apesar das peripécias estava a correr muito bem, tínhamos como objectivo, o encontro com os nossos comparsas de viagem, em Figueira de Castelo Rodrigo, ponto de viragem a Sul nesta GR, para quem como nós, a fez no sentido dos ponteiros do relógio, estávamos agora mais perto da capital de distrito da Beira alta; Guarda.
De juizo em diante, depois de uma ligeira subida, logo iniciámos a descida até outro ribeiro completamente descontrolado e fora do leito. Por estas paragens não há açude que aguente a força das águas, nem curso de água que não tenha que ser transposto sem uma banhoca fluvial. Ainda para mais, logo pela alvorada, não é de todo apetecível encharcar os "Piezes", já que a sensação para o resto do dia tornar-se-ia muito desagradável. Já basta quando o São Pedro não colabora e a alternativa é inexistente. Por sorte, nem estava a ser o caso. - O dia apresentava-se muito risonho.
Podem até desconfiar, mas esta imagem foi muito comum e a nós já nem nos afectava.
- É para ir ao banho, 'tão bora lá!
Enquanto eu, quando deparava-mos com tais dificuldades, nem hesitava. Tirava as botas, meias e peneiras, pendurava tudo no camelback e fazia-me à água com um sorriso (amarelo) nos beiços, o amigo Cláudio tentava sempre ir mais além, qual milagre de caminhar sobre as águas. Só que como todos sabemos, "Atleta" só houve um e era carpinteiro.
Com alguma engenho mas principalmente ginástica, fui apanhando SR. Proença nestas figuras ao longo dos muitos ribeiros por que passávamos. Neste, como será de comprovação fácil, a "coisa" não estava a correr bem. Então... O que fomos fizemos? - Fui-me pondo entre as pedras do
açude, fazendo de ponte para que o "trapezista" fosse passando. ...Bem! Um fartote!
Durante esta manhã, que apesar das peripécias estava a correr muito bem, tínhamos como objectivo, o encontro com os nossos comparsas de viagem, em Figueira de Castelo Rodrigo, ponto de viragem a Sul nesta GR, para quem como nós, a fez no sentido dos ponteiros do relógio, estávamos agora mais perto da capital de distrito da Beira alta; Guarda.
Por entre dificuldades, embora mais ligeiras do que as que tínhamos ultrapassado nos primeiros dias, fomos evoluindo até passarmos o Côa.
A imagem das encostas rochosas rasgadas pela estrada, típica da região, é muy bela.
Fomos bem lá abaixo. Em cima da ponte estávamos a menos de trezentos metros, e até Castelo Rodrigo, voltaríamos a subir para além dos oitocentos por duas vezes. Ainda tínhamos que pedalar muito até ao almoço.
Esta foto da marca numa oliveira, serve para perceber em que estado estão as marcações efectuadas com muita pompa e circunstância em 1998, mas que hoje em dia mal se vêm. Como todos sabemos as cascas das árvores vão-se transformando, as vegetações vão crescendo e mesmo algumas pedras, por acção do homem ou outra, movem-se. É assim que muitas vezes somos surpreendidos pela presença de uma marca, em vez de ser o contrário, pela falta delas. Mesmo os postes de madeira que foram colocados, estão em muitos casos, deitados ou incógnitos.
Há inclusive situações em que os proprietários dos terrenos se apoderaram de alguns dos carneiros propostos pela organização da GR 22 para expandir as suas culturas... Ou não...
De lés-a-lés também damos conta de algumas cancelas para bloqueio do gado, seja ele caprino, bovino ou ovino. Tais ocorrências fazem lembrar alguns Caminhos de Santiago. Este acontecimento surpreendeu o Cláudio, assim como as linhas electrificadas das cercas, que o deixaram perplexo. Além de já me terem sido "apresentadas", já com elas tive encontros do 10º grau... Por lá apanhei valentes esticões. - Acreditem ou não!
Como curiosidade posso salientar, que em algumas povoações voltámos a encontrar marcas fieis e muitas vezes novas, que, não cheguei a perceber se são responsabilidade das autoridades encarregues pela conservação das grandes rotas, ou executadas por simples populares preocupados.
Chegados à bifurcação entre Castelo Rodrigo e Figueira de Castelo Rodrigo... E agora, onde é que combinámos. Confesso que fiquei surpreendido, pois não sabia que o Castelo e a vila estavam tão distantes. - Nada que um telefonema não resolvesse.
Como corolário do nosso esforço, fomos presenteados com um almoço espectacular: - Um peixinho cozido com todos (era mesmo o que estava a apetecer e mais do que isso, era o que o meu organismo requeria).
Chegados à bifurcação entre Castelo Rodrigo e Figueira de Castelo Rodrigo... E agora, onde é que combinámos. Confesso que fiquei surpreendido, pois não sabia que o Castelo e a vila estavam tão distantes. - Nada que um telefonema não resolvesse.
Como corolário do nosso esforço, fomos presenteados com um almoço espectacular: - Um peixinho cozido com todos (era mesmo o que estava a apetecer e mais do que isso, era o que o meu organismo requeria).
Depois do almoço frugal fizemos-nos à íngreme subida para o Castelo, de onde se tem uma visão privilegiada sobre a Beira Alta. É que, em Castelo Rodrigo atingimos o ponto mais a Norte desta GR 22, daqui para a frente é só tomar agulhas para Sul. Nesta primeira fase; Sudeste, até fazermos uma tangente com a linha fronteiriça.
Mesmo em frente ao castelo por nós visitado, surgem-nos as célebres amendoeiras (agora em flor), que para além da surpreendente beleza, nos trazem à memória algumas lendas de Reis e rainhas...Hi, hi, hi.
Mais água, muita água. Depois do almoço continuámos a tornear as dificuldades aquosas e outras. Muitos desses obstáculos fazem com que tenhamos que usar a imaginação para os transpor. Normalmente usávamos itinerários alternativos, tendo inclusive que fazer pequenas invasões (pacificas) a terrenos particulares e a quintas, muitas abandonadas.
Já depois de Vale de Coelha, e movidos pela curiosidade, procurámos a fronteira com a vizinha Espanha, para aí poder tirar umas fotos que comprovassem a nossa passagem "alegórica" para a outra margem.
Muitas vezes seca, a ribeira que define a raia estava agora muito viva. Felizmente, para os mais patrióticos..lol.
Claro que aproveitámos uma pequeníssima ponte/açude, para passar para o lado de lá (só mesmo para...).
Nesta estratégica povoação, ao que sei de construção Filipina, tivemos das passagens mais alegres e preenchidas. Estávamos na Quinta-feira Santa e já se adivinhavam as festividades que iriam ocorrer.
Mais uma vez, íamos-nos livrando da chuva.... Era tal qual disse (aqui "à-trazado"), o período das grandes dificuldades, climatéricas ou geográficas já tinha sido ultrapassado em grande parte.
Nesta etapa não conseguimos recuperar algum do tempo que trazíamos em atraso, mas tal intuito ficaria guardado para os dias seguintes.
Por hoje além de termos tido muitas contrariedades com as linhas de água, tínhamos um grande jogo de futebol para ver; Benfica -Liverpool. Ainda para mais, e por prospecção feita atempadamente pelo Ti Abel, Fomos ver o jogo ao restaurante " a Tertúlia", onde saboreámos uma magnifica "posta". - PALAVRAS PARA K???
Por aqui, na Ginjinha do Sr. Francisco, iniciou-se mais uma ronda de degustação pelos famosos licores da região (conhecem licor de amora...hum), que só terminou lá para as cinco da manhã.
- Como este espaço (respeitável) destina-se aos relatos ciclisticos deixo ao critério dos mais curiosos o visionamento de tal REPORTAGEM do "descalabro"...lol.
- O pior foi pela alvorada, para voltar ao pedal....
Depois é que foi do bom e do bonito...
...Mas afinal o que é a vida sem estes momentos....HUM???
Depois do Bar "o Paiol"... A GR 22...
...Segue dentro de momentos...
GR
GR
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