Esta parte do título do blog permite-nos escrever sobre tudo, por ser tão abrangente e, de certa forma, um pouco ambígua. Tal como acontece na maioria das leis, em que há sempre uma pequena (quase secreta) palavra, para que se possa fazer a interpretação das mesmas à maneira de quem tem poder para as mover. Passo este à-parte, para dizer, aproveitando a liberdade que este blog me oferece, que hoje experimentei pela primeira vez uma técnica chinesa, que podemos incluir no ramo das artes marciais, e que dá pelo nome de Tai chi.
- Essa mesma!
Já tinha tomado contacto com esta “postura” (adequa-se) nas duas vezes que tinha estado em Macau, onde se pratica esta “arte” desde o raiar do sol em qualquer praça ou jardim, independentemente dos olhares curiosos de quem passa. Eu fui um desses. Através da janela do meu quarto ou simplesmente por estar a passar, sempre me despertou a atenção o movimento coordenado e continuo, embora lento e controlado daquelas dezenas de homens e mulheres, maioritariamente pertencentes à faixa etária dos menos jovens, se assim os quisermos definir.
Após esses primeiros contactos outros se seguiram, principalmente através dos vidros que desvendam o jardim da fundação Gulbenkian, quando estamos no átrio lateral do seu Grande auditório.
Confesso que apesar destes contactos visuais e da curiosidade que eles me despertavam, nunca fui levado a experimentar.
E provavelmente nunca o faria, se não tivesse recebido um convite do meu Mestre de Karate-Do, João Gonçalves, que por ter conhecido uma praticante de Tai chi macaense, a Sra. Akuan, actualmente em Portugal (onde vem de lés-a-lés), não quis deixar passar a oportunidade.
Ao perceber que tinha disponibilidade para poder presenciar e praticar tal “arte” nem hesitei.
Quero, aliás, tenho a obrigação de vos dizer que, se um dia tiverem a chanse de o fazer, não a deixem fugir.
Há muita gente que procura a sua paz interior sem nunca o conseguir, pois têm através do Tai chi uma óptima ponte para essa busca.
A harmonia e a serenidade são sinónimos que se aplicam na perfeição à expressão corporal produzida pelo Tai chi. A execução dos seus passos fluidos e balanceados provocam o resto, uma noção de equilíbrio transmitida pelos sucessivos movimentos dos membros, que nos originam uma sensação de controlo sobre o espaço físico à nossa volta.
Em suma, uma aula de Tai chi fortalece-nos em todos os aspectos, principalmente na “alma”.
Em tempo de crise não há melhor. Ainda por cima, as aulas ao ar livre são quase sempre abertas, o que, nos tempos que correm, concorde-se, é uma mais-valia.
Obrigado Mestre; Obrigado à Amável Akuan; Obrigado ao …Outros que tais.
Up-Grade: 9 de Fevereiro de 2009, ás 19:50H
-O Mestre João Gonçalves disponibilizou um vídeo da aula, no PICASA.
Dá para ter uma noção, apesar de não estarmos todos no mesmo comprimento de onda...lol
sábado, 7 de fevereiro de 2009
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