segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Porto - Alcoentre (N1/IC2), Breve história


Portugal?!? Não é só Lisboa!...

…Nem a IC2 é a N1 (só às vezes).

Nesta minha segunda tentativa de interligar as duas maiores cidades do país em Bicicleta, fui demovido por dois Guardas da extinta “Brigada de Trânsito” da Guarda Nacional Republicana (G.N.R.), que, de forma assertiva me convenceram a interromper o avanço em direcção a Sul, naquelas condições.

O Sol já se tinha escondido há muito, e, apesar da sinalização luminosa e reflectora que dispunha, a minha visualização do trajecto é que era extremamente deficiente. No fundo, já não via por onde andava.

Foi exactamente pela falta de luz e consequente concentração na estrada, que não vislumbrei a placa sinalizadora de proibição de circulação de veículos sem motor, neste troço da IC2, mais precisamente entre Rio Maior e Alcoentre.

É preciso ter muita atenção quando se faz a marcação de determinado trajecto no GPS. Confiantes nesse instrumento de navegação, nem sempre tomamos conhecimento das alternativas de circulação. Para a próxima, vou escolher outro itinerário.
Por ter tido consciência de que (sem saber) circulava em infracção ao código da estrada, não tive qualquer argumento perante a evidência dos factos, que ainda por cima me foram mostrados “in loco” pelas autoridades.

Agradeço o profissionalismo e deontologia preventiva que os Guardas me dedicaram, ao tirarem-me da estrada, onde corria alguns riscos desnecessários.

O intento a que me propunha será plausível e premiado de sucesso, realizado mais próximo dos meses de Maio ou Junho, onde os dias começam a ser bastantes mais longos, e onde as doze/treze horas que preciso para completar este trajecto ficam totalmente cobertas pela luz solar, sem que esta traga consigo um tremendo calor, insuportável nos de Julho ou Agosto.

Escusado será dizer que o ideal para se realizar tal trajecto é inserido num grupo de ciclistas, de preferência, numa prova organizada, em que os batedores e carros de apoio estejam presentes. De qualquer das formas, e à falta destas condições terão que se escolher outras alternativas à circulação que descriminarei noutro post.

Não posso deixar passar em claro o estado das estradas por onde circulei, principalmente as já mencionadas N1/IC2, em que, traços largos, os seus pisos estão bastante danificados, e as bermas (quando as há), indispensáveis para cicloturistas, estão pejadas de buracos; Animais mortos e peças de automóveis despedaçados, num rol de variadíssimos “OVNI’s”, aos quais temos que fugir para não pôr (ainda mais) em risco a nossa missiva.

Valeu pela tentativa; pelo que vi e aprendi; valeu pela convivência com outras gentes e formas de estar; valeu ainda pelos 256 km’s que fiz, onde se incluem as deslocações a norte e o regresso a casa; E por ter ficado com a noção clara que sem certas condicionantes, conseguirei percorrer os pouco mais de 300 km’s deste “projecto”.

Ficará certamente para o ano que vem. Não há uma sem duas, nem duas sem três. A ver vamos se à terceira será de vez?!?


Guarda rios ...à Noite...

Porto - Alcoentre (N1/IC2), Fotos

Representação gráfica dos mais de 2500 mt de acumulado, que se somam ao longo destes mais de 250 km's de asfalto. Felizmente, algumas subidas fazem-se quase na integra com o balanço das descidas.

Dia anterior. Passagem pela mítica Estação de Sta. Apolónia para o (os) regionais com direcção ao Norte do País. Continuamos com a saga do: - Se queres viajar com a Bici montada tens que fazer os regionais.
A saber: - Lx - Entroncamento (mais de duas horas de espera pelo next... Aproveitei para almoçar); Entroncamento - Coimbra B (...e mais de meia hora de ligação); Coimbra B - Aveiro (quase não cabia, tantas eram as "moças" da faculdade que regressavam às suas casas de família); e finalmente o urbano Aveiro - Porto, onde acabei por ir de pé... Enfim... Uma aventura.


Foto estranha, esta.
Serve para provar que a ciclovia da Mealhada está finalmente pronta. Não tive possibilidade de por lá transitar, mas ficará certamente para uma próxima "Rota dos Castelos", onde a farei incluir.



Depois de ter andado mais de cem, eis que aparece a primeira informação numérica acerca da distância que nos separava da capital. A partir daqui, e pela graça, fotografei quase todas as placas "homologas" a esta.


Um pouco desfocada, mas cá está o Mosteiro da Batalha. Nesta aproximação ao património circula-se numa valente descida, onde para além de ganhar velocidade e fazer descansar um pouco os músculos, temos que ter a máxima atenção ao piso para não nos esbarrarmos. Mesmo assim ainda consegui sacar da Máq. fotográfica e... CLICK!


Esta terá sido das últimas que tirei. Depois começou a cair a noite e não mais tive coragem para sacar da máquina. Ainda para mais, já viajava com o GPS no bolso, por se ter partido o apoio do guiador. Muita turbulência... Tenho os braços que nem os sinto.

LINK PARA FOTOS NO PICASA


GR

Porto - Alcoentre (N1/IC2), Números e track





Números deste "Passeio"

10 h 05 m Tempo gasto a andar
11 mt Altitude mínima
25,5 km/h Velocidade média
70,25 km/h Velocidade Max atingida
137 PPM Frequência cardíaca média
169 PPM Frequência cardíaca Max
256 km’s percorridos
318 mt Altitude Max atingida
2530 mt Acumulado de subida
6622 Kcal Calorias gastas
GR

domingo, 6 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EuroVelo - ECOVIAS DA EUROPA

Tenho o meu futuro como Cicloturista, assegurado!

O projecto EUROVELO surgiu da European Cyclists Federation (ECF), e tem como objectivo principal, desenvolver uma rede de Rotas cicláveis de qualidade, ligando todos os países europeus para que possa ser usada por Ciclo Turistas de longas distâncias, ou pelos habitantes, nas suas jornadas diárias.
Os interesses secundários são:
- Promover viagens económicas onde possa haver um envolvimento entre as sociedades.
- Dar a conhecer alguns países mais desconhecidos, a todo o universo europeu.
- Fomentar o interesse das autarquias e dos governos em manter a elevada qualidade das infra-estruturas.
- Dinamizar a construção de novas vias, desde que obedeçam às regras propostas, e sejam um complemento às existentes.

Basicamente são:
- Uma rede de Ciclovias de longa distância que atravessam países europeus.
Mas com regras:

- Actualmente estão pensadas/construídas 12 “linhas”
- A sua implementação assenta em estradas já existentes, ou caminhos novos, desde que sejam de âmbito regional de um determinado país.
- A construção de uma nova via deve envolver pelo menos dois países europeus e mais de mil quilómetros de extensão.
- A circulação deve obedecer às normas de cada país europeu por onde se circula, mas devem ter um ligação fluida entre fronteiras, sem quebras ou obstáculos.
- Devem ser circuláveis nas duas direcções.
- Devem ser providas de painéis de informação onde constem as regras básicas e algum detalhe das vias em causa e do âmbito geral do EuroVelo.




João Galvão

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Algo vai mal no reino das… CICLOVIAS!

Ciclovia em causa. Perto do Largo da Luz. Por curiosidade, em Setembro quando por lá andei a fazer o levantamento de tal eixo, já identificava possíveis problemas, que agora estão nas linhas de alguns escritos, e dos quais até já surgiram petições na net.

…Parece que há por aí alguns problemas.

Aqui bem perto das zonas por onde me movimento, num percurso da Ciclovia da Quinta da Granja, ANTERIORMENTE DESCRITO por mim neste blog. Há alguns cidadãos que se dizem lesados.
Pelas reportagens que já li sobre o facto (Ex. REVISTA ACP Out. 09), suponho que possam ter alguma razão. Inclusive, já corre pela internet uma petição para forçar a C.M. de Lisboa a alterar o circuito de tal Ciclovia, fazendo-o passar pelo passeio do lado oposto.

Segundo uma comissão de moradores e utilizadores da zona em causa (Av. do Colégio Militar, Quinta da Luz), não só veio tornar a zona caótica para os automobilistas, como a tornou perigosa para os peões e, para os próprios utilizadores da Ciclovia. Segundo eles, a supressão de uma das vias de trânsito para cada lado, e o traçado idealizado para a própria via de bicicletas, estão em prefeito conflito com o bom senso.

Já tive o prazer de comprovar “in loco” tais críticas, e acabo por ter que lhes dar alguma razão. Do ponto de vista dos Ciclo utilizadores, as curvas (calculo que sejam para controlo da velocidade), estão em excesso e a proximidade das paragens de autocarro e da grande frequência que estas têm, faz com que os peões invadam literalmente as passadeiras vermelhas em causa, impossibilitando o uso destas por quem de direito.

Neste caso especifico, acabo por concordar com o pedido de alteração ao traçado por parte da dita comissão, por achar que provavelmente será a única solução para que a Ciclovia possa vir a ser usada condignamente pelos utilizadores de Bicicleta, e para que os peões possam continuar a circular, mas de forma segura, por terem a Ciclovia no passeio oposto, sem possíveis, e muito previsíveis “encontros imediatos”.

Quanto ao trânsito, por não ser a minha área, não me pronuncio.

Acho portanto que cabe à C.M.L. averiguar em conformidade as pretensões dos moradores e utilizadores, e se as achar legítimas, agir.
Apesar de no seu todo, concordar que estas obras são muito positivas, há casos particulares (não será certamente só este) em que muita coisa pode ser melhorada. Também é “disto” que é composta a Democracia e a liberdade de expressão.
Numa obra desta complexidade e rapidez de construção, nem tudo corre a 100%. Depois da obra feita, avaliados os prós e os contras, muitas vezes há que reequacionar os danos…

Estaremos atentos para futuros problemas… mas principalmente, para futuras soluções!
De: Repórter Astigmático para a sociedade civil em geral, mas para os utilizadores das Ciclovias em particular.

OS CAMISOLA AMARELA CONTINUAM




Estes homens não param …

http://www.camisolaamarela.com/

Estão a apostar no desenvolvimento do seu projecto e tirar dividendos disso.
Acho muito bem, porque eles merecem.
Já estão em todo o lado… Abro a revista do Jornal Sol (21 de Nov 09) e lá estão eles….

Ligo a Televisão… E lá estão eles… Enfim, estão no bom caminho.

Continuação de boa SORTE!