sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sacavém - Alpriate - Golegã - Torres Novas - Fátima ...Os "fugas" e os "fátimas" em warm-up para Santiago!


Sabendo desta vertente BTTistica em direcção a Fátima, através de um grupo de ciclistas amigos, que normalmente expõe as suas aventuras por aqui, não nos restava outra alternativa - Nós, "Fugas", que não fosse ir averiguar o que tal trajecto nos teria para mostrar.
Como somos "obstinados" pelo BTT em geral e pelos Caminhos de Fátima em particular, não nos foi possível adiar mais este projecto, e logo que apareceu um fim de semana livre - Ainda para mais, o único num largo período de tempo (meses, mesmo), nem houve hesitação - É agora! - Foi reunir o pessoal dos Fugas da maria, juntar o núcleo de Fátima, alguns Amigos e pôr os cardados na lama.
Claro que, quem se vai fazer aos trilhos por esta época, já sabe com o que vai contar - Com lama, muita!
Sem medos nem tremores - Mesmo com a valente carga de água (...a maior desta jornada, diga-se...) que apanhámos logo à saída de casa - Na Bobadela - em direcção ao ponto de encontro daquela manhã de dia 5 de Novembro, em Alpriate.

Apareceram os que puderam, sem queixas nem mazelas, e prontos para abordar o caminho tal qual este nos fosse apresentado. Combinado ficou, que evitaríamos o lamaçal impossível, a começar já na ligação entre a povoação de saída e a ligação a Sta Iria, que sabíamos de antemão, estar intransitável. Depois disso, e em direcção à Golegã - Final de etapa para quem nos tinha fornecido o track, e até Torres Novas, para nós, que tínhamos dormida impossibilitada pela Feira do Cavalo, não fizemos um único desvio da rota.
Como não há regra sem excepção, tenho que relembrar apenas duas pequenas "fugas" à linha condutora que nos guiava, via GPS. - Tais pequenas peregrinações resultaram de uma unanimidade - Comida! Foi assim ao pequeno almoço, que obrigatoriamente aliou a fome, à vontade de comer... as minis bolas de berlim de Alhandra. E à busca (meio perdida) das bifanas de Muge - As (... agora também para nós, célebres...) Bifanas do Silas! - Ir lá, e experimentar. Valerá certamente por mais do que todas as palavras, na sua maioria adjectivadas, que por aqui "postásse".

Pelas fotografias aqui expostas, mas essencialmente pelo conjunto das vastas, que estão no Picasa, dará por certo para ter uma ideia do sempre salutar ambiente de convívio que se desfruta nestas jornadas (duplas ou singles) em direcção a Fátima.

Até Vila Franca de Xira sempre a rolar, depois da ponte para a margem esquerda do Tejo, começavam as novidades. Por termos passados em alguns pedaços de terreno privado, entre Vila Franca e Benavente, aos quais só pudemos aceder por contacto prévio com os proprietários e/ou responsáveis, não devo expor aqui o track completo. - caso alguém, ou algum grupo de BTTistas queira fazer este trajecto, entrem em contacto (via mail ou mensagem a este post), que facultarei os contactos, tal como fizeram comigo.

Tirando uma longa vala e alguns passadiços de madeira e metal, até à região de Banavente, o trajecto é maioritariamente composto por estradões de "Tout-Venant" . Sempre bem regado com uns pirolitos de Medronho de Oleiros, lá fomos avançando, tentando ganhar a corrida à fome, mas acima de tudo, à expectativa alimentada pela fama das ditas bifanas. - Posso desde já dizer, que apesar da publicidade (muitas vezes) defraudar as ilusões; - Estas, valem a pena!

Quando finalmente atingimos Muge e o farnel, já tínhamos as bicicletas completamente cobertas de inertes e água - combinação vulgarmente conhecida como lama - e já tinham aparecido as habituais maleitas com esta relacionadas.
Apesar de algum terreno ser arenoso, por estarmos numa tangente com as águas do rio, muitas vezes, e pela proximidade constante com os terrenos agrícolas do vale do Tejo - onde se salienta as longas plantações de cenoura e tomate - tivemos que enfrentar muita poça e algum barro.

Com a fome morta (...do Medronho, também perdemos os sinais vitais... Para a próxima há mais...lol) , rapidamente nos aproximámos da Tapada e da nova travessia do Tejo, desta vez para o cruzarmos para a margem direita, mais precisamente na Ribeira de Santarém. De permeio, não posso escamotear a passagem pela "gloriosa" povoação de Benfica do Ribatejo, onde finalmente colmatei a falta de pilhas, que até então, e desde Escaroupim, impediam os recuerdos fotográficos.

Mais Mini, menos mini. Mais Lama, menos lama. Mais Competição, menos competição (...andava no Caminho um grupo de malta da zona de Sintra...), lá nos fomos aproximando de Azinhaga. Foi na terra do escritor Saramago, que aproveitámos para fazer uma breve paragem para fotos, água e uma ou outra lavagem e afinação, com a certeza de que a partir dali teriamos que acelerar um pouco o ritmo, sob pena de termos que fazer os quilómetros que nos faltavam debaixo da escuridão nocturna.

Até à Golegã - onde fizemos uma paragem breve - foi sempre a abrir por estrada, e depois, via "lusco-fusco", até Torres Novas, onde já chegámos com a visibilidade muito diminuída, em dois grupos, consoante a iluminação disponível. Directamente para os Bombeiros da terra, onde por conhecimento de alguém do grupo, nos deixaram lavar as bikes. Mais Mini, menos mini, fomos deixar as bicicletas a casa de um familiar de um dos compadres de um outro qualquer, dos que por lá andavam...- É só família...LOL . A Carrinha da incansável casa do Povo de Fátima já nos aguardava para nos levar para o nosso lar, nessa noite - Fátima. Escusado será dizer que tal acolhimento foi, mais uma vez num familiar do Sousa Silva, ao(s) qual(is) os agradecimentos nunca serão demais.

Para Jantar, o belo do naco, no restaurante do irmão do Cabrita - Nosso companheiro do pedal - desta vez transformado em motorista. Mais Mini, menos mini, foi assim que continuámos depois do "Cabritas" e pela Casa do Povo de Fátima a dentro. Felizmente conscientes das mazelas causadas pelos longos 130 km desse dia, carregados de lama, recolhemos ainda antes de sermos surpreendidos pela alta madrugada.

Pela fresquinha, lá tínhamos o motorista à espera para o reconfortante pequeno almoço, já na companhia do Rui e do Humberto de Fátima, estávamos de novo prontos para regressar a Torres, e aí reiniciarmos a nossa contenda. Havia no entanto um facto negativo a notar; - Do grupo inicial de oito elementos (5 da grande Lx e 3 de Fátima) acabáramos de perder um. - O já recorrente Toni... Será para a próxima?!? - Força Toni ! Fatimpress Pum, prum, pum, pum...LOL.

Sempre na linha do GPS, mesmo enganando alguns dos conterrâneos, demorámos a manhã para fazer estes 35 km de Ascenção até ao Santuário da Cova da Iria. Das cotas ao nível do mar, passámos a pedalar para lá dos 400 mt de altitude. Pela encosta Este da Serra do Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros.
Após as obrigatórias fotos em frente à "Catedral", fomos conduzidos, mais Mini, menos mini, para o reconfortante almoço.

Já posso dizer que comi "Sopas de Verde"... E mais não digo!

Antes do regresso, via comboio do Entroncamento, ainda fomos confraternizar e degustar na Adega do Beto "5 estrelas".

Enquanto esperávamos pelo kim e mais Mini, menos mini, fomos aflorando "O" futuro projecto, ao qual este grupo de convivas das bikes - Tal como qualquer outro - não deve faltar!
...Para o ano, Caminhos de Santiago!!!!


Por onde andámos...

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Algumas Fotos :


Os Oito em Alpriate...



...Ponte de Vila Franca...



...Vala, em terreno privado, a caminho de Benavente...



...Epá! Este Medronho é diferente dos outros...



...Em passadeiras de madeira por "cima" das ribeiras de Benavente...



...Para a posteridade...



...Muita lama...



...Muita poça...



... Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros...



...Em Azinhaga, na companhia de Saramago...



...A Caminho de Fátima...



... E na Cova da Iria.

GR



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