Nesta abordagem que provavelmente terá sido das últimas, comprovámos a abundante ramificação de linhas de água, minas, furos e nascentes que ainda existem nas zonas de D. Maria e Caneças.
“As nascentes das águas livres de Caneças” como me explicou o Sr. Salvado. – Este era o objectivo primordial desta enorme construção que D. João V mandou edificar no séc XVIII, trazer a água das nascentes de águas livres em Caneças, até à população alfacinha.
Como será de calcular, apesar do bom estado de conservação, geralmente patenteado nas “condutas”, não é fácil seguir todas de perto. Muitas vezes para o fazermos, estamos a correr riscos desnecessários.
Assim, escolhemos um rumo que algumas vezes nos leva por estrada, tentando estar o mais próximo possível da linha do Aqueduto, tentando descortinar o maior número de Mães d’água e respiradores. No fundo, tentar chegar tão longe quanto as condicionantes nos permitam.
Nesta jornada avistámos muitas bifurcações entre os vários ramais e a linha principal, algumas delas só tomamos consciência da existência visualmente, todas elas têm um objectivo comum: - Captar toda e qualquer nascente ou furo que brote o bem precioso às gentes da capital desde meados do séc XVIII, até 1967, ano em que foi oficialmente desactivado tal “fonte” abastecedora.
Existem alguns desses pontos de água que pela sua escassa abundância, são conduzidos até ao aqueduto por um pequeno carreiro, muitas vezes suspenso. Facto curioso, mas desconhecido para mim até aqui.
Nesta busca pelas linhas de água, respiradores e mães d’água, avistámos muitas outras hipóteses de progressão que podem ser exploradas pelos mais afoitos ou por simples curiosos. – Desta investigação que fui (fomos) levando a cabo, destaco, a boa conservação dos ramais e, de uma forma geral, o respeito pelo património histórico.
Venham comprová-lo no terreno, usando para isso os tracks GPS facultados.
- Mas cuidado por onde é que põem os pés!
Além de bastante antiguidade, tais percursos também encerram alguns perigos, muitos deles escondidos.
Usem o vosso instinto nesta busca. – Boa Sorte para este Geo Cash às Mães D’Água…
Apesar da parca qualidade da foto, dá para ver que ainda há água a correr dentro dos canais do Aqueduto. Chega a correr em fio, pelas fendas do Velho Monumento. Este exemplo específico ocorre nos arcos de sustentação do Aqueduto entre a Reboleira e a Falagueira.
Numa das variadíssimas hipóteses que nos surgem de poder "caminhar" em cima do Aqueduto própriamente dito. Devemos no entanto resistir ao máximo a tal faculdade para não danificar, o que de uma forma geral, está bem conservado. Resta acrescentar que este troço se situa em Carenque.Mais uma bifurcação, a caminho de Belas encontramos a recepção ao ramal ou Aqueduto de vale de Lobos. Este Ramal embora bastante extenso, está quase todo "escondido" dentro da propriedade do GOE. Esta é a parte visível, antes de chegarmos à vedação.Aspecto curioso, nesta altura presenciado pela primeira vez, mas depois disso várias vezes visto, são estas interrupções à passagem de pessoas no interior do Aqueduto (ramal de Vale de Lobos), para poder passar uma estrada. Contudo a linha de água continua a passar por baixo do asfalto. Sendo as portas para o acesso dos guardas, vigias ou visitas.Inicio do Ramal de Vale de Lobos e aqueduto principal entre Belas e Carenque. Nesta zona estende-se ao longo da estrada por largas centenas de metros.Aqueduto/ramal da Camara. por baixo da CREL e antes de chegar às piscinas da localidade.
Uma das Mães D'Água finais deste ramal. Esta está "confortavelmente" instalada no quintal da "vizinha".
Da estrada de Belas para Caneças vêm-se longas linhas de Aqueduto.
Aqui há uma grande Mãe D'Água, e várias bifurcações, no que quanto a mim, define o "terminus" do aqueduto principal. daqui para a frente, embora muito semelhantes, as ramificações chegam um pouco de todo o lado, com principal incidência das elevações de Caneças.
Uma das Mães D'Água finais deste ramal. Esta está "confortavelmente" instalada no quintal da "vizinha".
Da estrada de Belas para Caneças vêm-se longas linhas de Aqueduto.
Aqui há uma grande Mãe D'Água, e várias bifurcações, no que quanto a mim, define o "terminus" do aqueduto principal. daqui para a frente, embora muito semelhantes, as ramificações chegam um pouco de todo o lado, com principal incidência das elevações de Caneças.
Enorme Mãe D'Água que serve de eixo a esta estrutura de recepção e distribuição de água.
Aqui percebe-se a importância deste conjunto, além da construção ser maior e de caracteristicas mais sólidas do que as demais, tem uma "marca" cravada.
Outro aspecto da mesma edificação.
Aqui percebe-se a importância deste conjunto, além da construção ser maior e de caracteristicas mais sólidas do que as demais, tem uma "marca" cravada.
Outro aspecto da mesma edificação.
Vista do alto de Olival santíssimo. Mais e mais metros de Aqueduto,
Mais do mesmo (neste caso de outro ramal). Aqui, quase em Caneças.
Uma das muitas passagens para peões e veículos por esses aquedutos fora.
Inicio da zona das Mães D'Água, a caminho do reservatório da EPAL de Loures.
Por aqui encontrei a maior aglomeração de Mães D'Água destes cerca de 58 km's de linhas de água. entre Aquedutos secundários e principais.
Última Mãe D'Água que avistei, dentro de uma fábrica de mármores. muito provavelmente haverá outras mais para cima, que eu não consegui descortinar.
Apesar de esta busca já estar bastante extensa o "Repórter Astigmático" voltará em breve ao terreno para registar mais alguns dos ramais da zona de caneças, e perceber quanto do ramal de Queluz, aquele que conhecemos ao pé do palácio, terá sido destruído. Segundo sei, tal ramal destinava-se somente às "gentes reais", pois nem sequer faz parte do esquema que a EPAL distribui aos visitantes do museu ou simples interessados.
1 comentário:
Ao nível do Prof. José Armando Saraiva...
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