Neste oitavo dia, entre Baiasca e Torre de Cabedela, passámos algumas horas, bem acima dos dois mil metros. Foi o dia em que a montanha mais me impressionou. Não só pelos mais de vinte e cinco quilómetros que estivemos a subir (...depois até acabaram por ser quase 35...), até atingir os 2300 mt, como pelas paisagens e todos os elementos naturais envolventes. Para dar ainda mais magia ao feito, fomo-nos cruzando com inúmeros BTTistas de elite, que, como estes "tugas" (nós), lá andavam a fazer as suas travessias, enfrentando as dificuldades incontornáveis dos Pirinéus. Falámos com alguns deles. Um dos grupos andava altura a fazer um trajecto, dos mais famosos dos Pirinéus BTTisticos, o Pedal de F.O.C. Encontrámos também um cidadão Andorrenho que se deslocava no seu jipe para os pontos mais elevados das montanhas, e daí, descia e voltava a subir as encostas. No fundo, e tal como "nosotros"; - Eram só malucos.
Aspecto geral das “vistas”, à chegada a um dos abrigos de alta montanha. Preparados para acolher os mais incautos ou necessitados.
Lá ao fundo, por cima do horizonte montanhoso, estava uma das muitas "atracções" que pudemos desfrutar nesta jornada inesquecível; Trata-se de um parapente. Andava a desafiar as correntes térmicas desta cordilheira numa disputa acesa com as águias e outras aves de rapina que povoam estes cumes em larga escala. Não posso deixar de lembrar que as diferenças térmicas são uma constante nestas zonas.
Um deslumbramento paisagístico, que nos relembra o respeito que devemos manter perante estes grandes maciços da geologia.
Em exibição constante, numa dança de marcação de território, encontrámos muitas e belas aves, que nos deixaram fascinados. Dos seus voos altamente coreografados, resultaram algumas fotos que se podem apreciar com mais pormenor no Picasa.
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