sábado, 2 de agosto de 2014

ESTRELA ROAD EPIC - 5 Subidas na serra da Estrela (Covilhã/Manteigas/Seia/Vide/São Romão)



Resumo da Volta: Volta iniciada pelas 6,30h da madrugada, num total com cerca de 190 km de extensão, 6750 de a.a. relativo (valores parecidos para a descida, mas longe dos quase 10 mil que o Wikiloc apresenta neste track. Se quiserem o link do Strava, já são mais aproximados), a uma média de andamento de 18 km/h, durante mais de 11 horas a pedalar. Frequência cardíaca máxima de 178 ppm, e média de 133 ppm. Quase 7 mil Kcal gastas. Altitude máxima 1993 mt e mínima 285 mt. Vários números inerentes a esta VOLTA ÉPICA ficarão para sempre associados como records à minha tabela de valores, que retenho com o Relógio/cardio-frequêncimetro Polar. Assim é com os metros acumulados subidos e descidos, bem como as velocidades médias de descida e de subida.
Esta volta inicia-se na Covilhã (estação de camionagem) e faz a EN 339, primeiro até às Penhas da Saúde, e depois até ao cruzamento da EN 338 em direcção a Manteigas. Segue-se a descida até esta localidade banhada pelo Zêzere, e nova subida pelo vale glaciar, e em seguida, até à Torre, pela EN 339. Nova descida para Seia, via Sabugueiro, e respectiva subida até ao cruzamento para Vide/ Loriga, após a Lagoa Comprida. A subida após o Alvôco dá-se pela EM 518 via Casal de Rei e Cabeça, novamente até à rotunda de Loriga e daí pela EN 231, por Valezim, para São Romão. A última ascensão em direcção ao alto da Serra é feita pela EM 513, pela Nossa Sra do Desterro e central eléctrica. Depois de atingida a Torre, a descida faz-se pela EN 339, de novo até à Covilhã. Suplementos e alimentação: Levei comigo nos bolsos da camisola; 2 Barras energéticas de longa duração e um gel rápido da Decathlon, 3 cubos de marmelada embalados em casa, uma barrita de chocolate, alguns rebuçados “tipo Bola de neve”. Levei também dois bidons preparados com o pó hidratante da Sport Zone, e mais dois pequenos sacos, com mais duas recargas. Durante a volta, além desta bebida, consumi alguns litros de água engarrafada e da que ia bebendo das boas bicas que brotam um pouco por toda a serra. Uma lata de bebida energética e uma de Coca-cola. Além de outras bebidas que consumi nas 3 ou 4 paragens que fiz para alimentação sólida. Parei uma primeira vez no Sabugueiro, ainda quando descia para Seia, para beber o meu café da manhã, que pela hora madrugadora a que tinha saído para a estrada, ainda não me tinha sido possível fazer. Nessa paragem também comi um pêssego. Quando regressei a esta aldeia; - “A mais alta de Portugal”, e depois de ter ido a Seia a voltar, fiz uma nova paragem, agora com mais tempo, já que pedalava há bem mais de duas horas. Fui ao minimercado da localidade e comprei duas bananas. Uma comi no momento dentro de uma carcaça e a outra levei comigo nos bolsos. Depois de subir, e voltar a descer, desta vez para Vide, fiz nova paragem nesta localidade do Rio Alvôco, para comer a outra banana com pão e beber a referida cola. Voltei a subir, e descer, agora em direcção a São Romão. Aí parei no “snack Gato preto” e fiz uma refeição frugal, à mesa, composta por uma sopa e uma sandes de carne assada (que só comi metade, levando a outra parte). Ainda antes de atingir a Torre pela última vez, fez-se nova paragem na Lagoa Comprida, onde para além do resto da Sandes de carne assada ainda bebi uma mini. Chegado à torre e antes de iniciar a descida final, bebi uma radler e comi um folhado misto. – E pronto, já está! – É só fazer as contas às calorias ingeridas…lol…e subtrair as mais de 6500 que gastei…lol. Algumas Notas: Para fazer esta volta fui recolhendo alguma informação acerca das condições do trajecto, assim como alguns relatos de anteriores subidas, para tentar perceber se eu estaria preparado para fazer tal "empreitada". Posso dizê-lo (agora é fácil) que me custou bastante terminar esta volta, principalmente a penúltima subida desde Vide, pela estrada da Cabeça, e a última subida por São Romão até à Torre, onde acabei por parar mais de cinco vezes para baixar a ppm, que entretanto já iam saindo dos parâmetros. Posso no entanto garantir, que, apesar de tudo me custou muito menos do que eu estava á espera. - Isto é,; - Tinha algumas dúvidas se conseguiria fazer todo este projecto. Devo agora deixar aqui um agradecimento em forma de link, ao ciclista Jordão Alves, por ter sido através do seu vídeo no you tube que tomei conhecimento deste trajecto - Embora o meu seja ligeiramente diferente - e onde arranjei "coragem" PARA SEGUIR COM "ISTO" PARA FRENTE!
Fiz este trajecto com a minha Bicla de estrada; - Uma Trek 5200, com cerca de 8 kg. A transmissão tem à frente 53/39 e atrás 11/25. Se quiserem sofrer menos, levem uma k7 11/26. Acabei por ter que fazer uma colagem de tracks e construir alguns à mão, colando depois tudo, por ter ficado sem carga no telemóvel onde gravava o track. Daí os valores de altimetria estarem algo incorrectos. de qualquer forma estarei inteiramente disponível para ajudar quem queira fazer este trajecto, inteiro ou por partes. Boas pedaladas! Mais voltas de estrada no Blog nezclinas




TRAJECTO TAMBÉM NO STRAVA (...mais tarde ou mais cedo, tinha que ser...)










...Depois do centro de limpeza de neve, e ao pé do túnel, já perto da Torre. 
- Quase a terminar a segunda escalada do dia...





...No mesmo local, virado para as encostas da Covilhã e de Manteigas, pelas quais já tinha passado...
- Pela fresca é que se começa o dia. Estava quase a conseguir (com muita calma e tranquilidade) terminar esta primeira fase.





...Mais uma subida, antes de ter ficado sem bateria no telemóvel. 
- Uma das mais difíceis e compridas.
- Agora sou levado a pensar; - Mas elas são todas difíceis e compridas. Vá lá, se quisermos excluir a de Manteigas, que aliada à grande espectacularidade do vale glaciar, por onde corre o Zêzere acabado de nascer, nos alivia a alma das "maleitas" das pernas, criadas pelo desnível.


Resumo e digo:

Para ciclista de estrada que se preze, é um trajecto obrigatório. Seja por etapas ou nesta "empreitada", das mais conhecidas e prémios especiais da Volta a Portugal (Covilhã e Seia), às mais abandonadas e rudes (ai o piso não ajuda muito) nas estradas regionais 513 e 518, de Vale de Rei e Cabeça e da Sra do Desterro, ou até já referida EN 338 no vale do Zêzere, que ao pé das outras parece que vamos em plano...
- É um achado, este autêntico tratado!



BOAS VOLTAS... deseja o GR...

4 comentários:

Jabas disse...

Parabéns pela valente empreitada!! Ganda (eu sei que é Granda) Homem, sim senhor!

João Galvão disse...

...eu tb sei que é Granda... Aliás eu até sou vizinho do Jesus, aqui na amadora city...lol

Jordão Alves disse...

Olá joão
Parabéns pelo relato e pelo bonito mas duro passeio.
Irei um dia voltar a repetir mas com mais uma subida engraçada que ainda não fiz que dizem ser a que tem Mais pendente média de inclinação de todas.
Um abraço e boas pedaladas.

João Galvão disse...

Também gostava de refazer este trajecto mas com alguns companheiros que sei também quererem... Tem que ser é uma coisa sem picardias. No puro relax. Foi como eu a fiz e acho que não deva haver outra maneira de efectuar este projecto...lol
Também fiquei com água na boca em relação à estrada da "Nave de Santo António". Tens alguma noção de como estará tal estrada?