quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Aí uns… Cinco anos depois…

...(Introduce o PLANETA BICICULTURA.)

Foi no inverno 2004/2005 que comecei a usar a Bicicleta como meio de transporte diário, por acaso da sorte, durante toda essa estação não choveu um único dia.

Daí para cá, apesar de várias interrupções sazonais, já que tal objectivo não é propriamente fácil de levar por diante sem interrupção, várias mudanças foram operadas, principalmente ao nível das infra-estruturas.

Passou-se a usar o termo Ciclovia (…já super divulgado por essa Europa desenvolvida… Felizmente por mim visitada em ocasiões anteriores…); Passou a existir a consciência para os ciclistas urbanos, e, até começaram a aparecer umas marcas no chão que “parecem” indicar os locais mais apropriados para se poder pedalar, quando é no asfalto das ruas de Lisboa, que temos que progredir.

Quando comecei a minha vida de cidadão ciclista, com o uso da Bicicleta para as mais diversas tarefas do dia-a-dia, em que obviamente se incluí o rotineiro casa-trabalho e respectivo vice-versa, não se viam praticamente nenhuns elementos a fazer o mesmo. De pessoal a andar pela cidade em Bicicleta, posso referir uns quatro ou cinco “cromos”, vá lá, no máximo dez, os que rolavam pelas mesmas áreas em que usualmente me movimentava. Nomeadamente: - Benfica, Sete-Rios, Praça de Espanha, Avenidas Novas, Baixa, etc, etc. Nestes, devo incluir a dado momento, um colega e amigo que se veio juntar à causa, e que hoje em dia, para além de continuar a defendê-la, ainda faz por cumprir mais do que o próprio autor deste texto. – Força Ricardo Rosa!

Dos outros (poucos) aventureiros por que passava, de alguns, fui ficando conhecido, dava para os contar pelos dedos de uma mão, e as caras eram quase sempre as mesmas. De lés-a-lés lá ia o “mister X” ou o “Y”, em cruzamentos muito espaçados no tempo, chegando a haver dias consecutivos em que não avistava ninguém.
Honra seja feita aos que referi, que ainda hoje os vejo por aí.

Mas o que realmente mudou, e continua a mudar, é a grande afluência que se regista nos últimos tempos, dando aos poucos, um aspecto diferente à tipologia de veículos circulantes por Lisboa. Como fui perspectivando com o passar dos anos, ajudado pelo incremento de várias formas de contacto e desenvolvimento (Acesso à informação; BLOGS, Massa Crítica, Encontros marcados, e não só mas também… As já referidas infra-estruturas), está-se a construir uma nova mentalidade, e para surpresa de muitos, ao contrário de outras situações deste país, a “coisa” tem alguma sustentabilidade. Parece-me que essa perspectiva está realmente a crescer e a deixar frutos num determinado escalão etário da população alfacinha. Embora também os saiba mais entradotes, é no patamar dos 25/40 que vejo mais representantes do pedal.

Dou por mim a evoluir numa determinada avenida, da qual vislumbro outros ciclistas a cruzarem ou a circularem na rotunda adjacente. Ou melhor ainda, à minha frente a progredir espaçadamente, avançam outros tantos bravos das Bicicletas. No fundo, e desculpem-me a pouca modéstia, sinto-me co-responsável por tal atitude. Por muito pouco que o facto de andar pelas ruas de Lisboa há mais de cinco anos, num movimento constante de rotinas e não só, possa ter influenciado outros ilustres “Homónimos”, o que realmente sobressai, é a realidade actual.

– Já há centenas de anónimos, que tal como eu, usam a Bicicleta como meio de transporte. E essa mentalidade não terá retrocesso para breve.

O que tanto esperávamos está aos poucos a surgir.

Pela influência que o NézClinas possa ter tido, mas principalmente por outros blogs e formas de expressão bem mais capazes às quais me associei, e das quais sou seguidor, afirmo peremptoriamente, que:

- ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS!

Nesta comemoração incluo, claro está, o PLANETA BICICULTURA, ao qual nos associámos como blog, que aborda o tema da Cidadania através da Bicicleta e do uso inteligente deste meio de transporte no nosso dia-a-dia de forma a melhorarmos o meio que nos circunda, quer na componente do ambiente, quer a nível físico e de bem-estar de cada um.





João Galvão e o NézClinas em geral...

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