quinta-feira, 22 de abril de 2010

GR 22 Fotos Dia 8 - Castelo Novo e regresso

Foi com enorme descontracção que iniciámos os cerca de 25 km´s que nos afastavam de Castelo Novo, nosso ponto de partida uma semana antes.
Com a nítida sensação de "dever" cumprido, não só pelas contrariedades que tínhamos dobrado até então, como pelo facto de já termos passado por mais de cinquenta povoações, que compõem esta Grande Rota, onde se incluem muitas das Aldeias Históricas da região Beirã.
Para nós os dois (Cláudio Proença e eu) este pequeno troço, que imaginávamos de antemão não constituir grande obstáculo, era como a cereja no topo do bolo.
Infelizmente, e em jeito de conclusão, para esta GR 22 ter sido perfeita, só faltou mesmo a presença do César até final. Ainda apanhámos um susto com a sua lesão mas tudo acabou em bem. Mesmo um pouco condicionado, ainda se divertiu à grande e foi um cicerone de cinco estrelas.
Tirei esta foto para ironizar com as situações mil que tivemos, em que a água foi "madrasta". De mim, Guarda-Rios, não se poderia esperar outra coisa. Agora mais a frio, confesso-vos que tanta água e seus derivados (Lama, Rios, Ribeiros, chuva, Humidade e Neve... ah, esquecia-me do suor), chegou a fartar um pouco. Mas é como sempre, depois da tempestade vem a bonança. Passadas as "dores" chega a Glória, e a nossa estava à distância de duas aldeias.
Em resumo: - Já não havia ribeiro que nos demovesse!


Os motivos de regozijo eram mais que muitos. Estes poucos quilómetros até ao reencontro com a viatura de apoio em castelo Nova (regresso à casa partida, desta vez sem receber os 2 mil escudos...lol), souberam a volta de consagração. Como glorificação máxima tínhamos a presença de uma testemunha deste evento, a Serra da Estrela, que, bem visível nestes últimos passos, nos fazia recordar o que por lá passámos e a decisão de continuar a pedalar depois de Lagoa Comprida, no que foi um esforço quase sobre-humano, em que tivemos que vencer o frio; a neve; a chuva; o vento; a lama; o acumulado de subida; a desertificação; a falta de visibilidade; etc, etc... Agora, vista daqui, ao longe, tal Serra coberta de neve, era por nós associada a um bolo coberto de chantilly, onde imaginávamos a cereja no seu cume.


Já mesmo à chegada a C. N. pudemos vislumbrar, agora com outra calma, o ponto de cruzamento das diferentes vertentes da GR 22, local onde nos enganámos no primeiro dia, quando queríamos ter seguido a travessia por Monsanto, e fomos antes para Piodão. Agora, na análise Á-Posteriorí, posso concluir que foi melhor assim. Não só porque já está, e porque foi assim que a conseguimos fazer, como porque tenho a sensação de que se tivéssemos deixado as etapas mais complicadas para o final, nos tínhamos dado mal...OU NÃO!!!!!...LOL...



Ei-lo de NOVO, o CASTELO de origem. A esta hora já lá iam as últimas aldeias deste périplo. A saber: - Orca; Póvoa da Atalaia e Atalaia do campo (terra de Fernando Namora)



Já na viagem de regresso fomos presenteados com uma ideia magnifica da parte da Família Nunes; O almoço seria em Constância. Terra onde o "nosso" Zêzere converge em definitivo com o Tejo. Foi nesta vila do distrito de Santarém que almoçámos. Bem à beira do segundo maior rio exclusivamente português, juntos às suas águas, que por aqui desaguam passados 200 km´s de linha em que converge com muitas das ribeiras que uns dias antes nos tinham criado tantos entraves.


Ei-lo, depois daquela última curva, bem lá ao fundo, temos o TEJO.
- Toda esta jornada de BTT, a ida e o regresso, FORAM UM AUTÊNTICO BANHO DE CULTURA PORTUGUESA! - IMPERDÍVEL!!!

Tal projecto não teria sido exequível sem a participação do grande GURU dos Caminhos e Caminhadas. No terreno, em cima da bina, ou como background no apoio e conhecimento, a sua presença é sinónimo de segurança e tranquilidade.
Um grande OBRIGADO ao MR. COOL!!! (lol)



Já em relação ao pai do Mr. Cool, não me ocorrem as palavras suficientes para agradecer a entrega e paciência que teve para com estes "jovens" meio loucos. Em qualquer situação por nós criada, mesmos as mais descabidas, houve sempre uma palavra de apoio e grande companheirismo.
Sem a sua entrega e sabedoria não teríamos chegado a BOM PORTO!!!
COM O TI ABEL AO LEME NÃO HÁ LIMITES OU FRONTEIRAS, É MESMO PARA IR AO FIM DO MUNDO!!!

Quanto ao Cláudio, colega de tantos quilómetros e "sacrifícios", apenas me apraz acrescentar o seguinte:
- Depois desta...
... É o que se quiser!
...É AMIGO, É AMIGOOOO....
P.S.- Onde é que é a próxima?!?
GR

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