sexta-feira, 13 de novembro de 2020

ALPES ITALIANOS / FRANÇA: Dia 23 de Agosto de 2020. Inclui o Colle delle Finestre; Sestrieri; Col de Montgenevre

 

Dia 8 - 23 de Agosto de 2020


Após mais um dia de viagens, transbordos e visitas a cidades icónicas e imperdíveis, como Verona e Turim, eis-me chegado a Susa, outra cidade bem importante, antiga e de cariz histórico, onde acabei por pernoitar e de onde reiniciei este périplo pelos Alpes italianos.  

Nesta segunda parte da minha "aventura" pelos Alpes italianos fiz a ascensão de mais algumas estradas montanhosas desta região, que dizem bastante a qualquer ciclista amador. 

Além da passagem para França e Briançon via Col de Montegenevre e da subida e visita a Sestrieri, outrora vila onde se desenrolaram grande parte dos Jogos olímpicos de inverno de 2006, que tiveram como sede a cidade de Turim, tive o privilégio de subir o mítico Colle delle Finestre, pela vertente Norte, que inclui cerca de oito km´s  em "Sterrato", mas que quando o fiz, em agosto, já estava mais era "Sterrata". Passo a explicar: - A grande maioria destas estradas de montanha de que vos falo, estão fechadas a maior parte do ano, normalmente entre outubro e abril / maio, só abrindo no período de primavera e verão, por estarem normalmente cobertas de neve e por terem alternativas viáveis e por via de tuneis. No caso desta de Finestre "irmã" da de Assietta, originariamente construídas para fins militares, cerca de 1890, e de acesso a fortificações, o piso dos últimos oito quilómetros não é alcatroado (parte coincidente com o parque de Finestre, uma zona protegida) quando se faz a abertura da estrada ao público, a mesma é revista e limpa. Na parte de terra batida, chamemos-lhe assim, é de novo colocado algum material inerte e pelo que sei é calcada com maquinas tipo cilindro. Esse trabalho que é feito em maio ou junho, após a época das chuvas e do degelo não suporta todo o verão. A grande afluência turística, principalmente de jipes, moto 4 e motas de enduro, acaba por ir degradando o piso, deixando de ser algo clicável, como o é ao inicio: - "Sterrato" (estrada de terra), para passar a ser: - "Sterrata" (estrada de terra e Cascalho), que causa algumas dificuldades à progressão de uma bicicleta de estrada convencional. 

Voltando à progressão, depois das montanhas acabei por descer para Briançon, já em França e terminar a jornada em Guillestre, onde acabei a minha etapa.

 

TRAÇADO GPS NO WIKILOC:

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Números da jornada:

120 km; 7:30 horas a pedalar; 3321 mt acumulado ascendente; 2740 mt acumulado descendente; 

2178 mt altura máxima.; 483 mt altura mínima.



Algumas Fotografias:


Pormenor do traçado GPS e da parte já percorrida, onde se mostra o delinear das curvas de ascensão até metade da subida do Colle della Finestre. Nunca tinha passado tanta curva e com tanta proximidade. algumas distam da anterior 20 metros. 



Após a entrada no Parque natural e no piso "sterrato" as curvas são mais distantes mas mais perigosas, porque normalmente estão degradadas, pela passagem dos veículos e das águas.



Belas vistas da segunda parte da ascensão do Colle delle Finestre. São cerca de 8 quilómetros de piso irregular a requerer muita concentração. Nem para as motos e jipes de tração total é fácil. 



...Depois de lá chegar, parece fácil...lol



...Também é dura a subida a Sestrieri. Neste caso por fatores completamente distintos. É uma estrada bastante frequentada por carros. Para além da inclinação e acumulado, estava um sol impiedoso.



GRÁFICO ALTIMETRIA:





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