quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ESTRADA NACIONAL 2 (EN 2 FARO - CHAVES) 3ª ETAPA - VILA DE REI - SANTA COMBA DÃO - VISEU





O principal obstáculo geográfico nesta etapa é a Serra da Lousã, em que ascendemos até aos 800 mt de altitude.  Mas a principal ocorrência, é-nos dada pela impossibilidade de circular no nosso itinerário de interesse durante alguns quilómetros. Por a EN 2 ser, desde há muito, a IP 3. - Para melhor perceção, ver as "Notas".

Mal saímos de Vila de Rei encetamos uma subida até ao Marco Geodésico (fora do itinerário da EN 2. Facultativo portanto). Depois deste, maioritariamente a descer, a Sertã e a sua ribeira, e em contínuo sobe e desce, passamos pelo Pedrogão Pequeno. Entramos na província de Leiria via barragem do Cabril e subimos até Pedrogão Grande, para logo de seguida encetarmos a subida à Serra da Lousã, após a ribeira de Mega - Estamos no distrito de Coimbra. Até Alvares é ligeiro, depois a inclinação acentua-se. O topo desta progressão dá-se no entroncamento com a EN 112. Aí, aproveitando a vista sobre grande parte da Serra (ardida), fiz uma paragem para "abastecimento", perto Amieiros. Após esta, vem a grande descida que termina no Rio Ceira, em Góis. Seguindo o rio estamos em Vila Nova de Ceira. Outra boa escalada e respetiva descida, e encontramo-nos em Vila Nova de Poiares. Sempre com o Rio Mondego por perto, entramos no distrito de Viseu após a barragem da Aguieira. A partir daqui aconselho a consulta das "Notas", onde o restante trajeto, e outros fatores importantes, estão descritos.


NOTAS:

Esta etapa tem várias notas que devo aqui deixar registadas: 1º- Desvio ao Centro Geodésico de Portugal (menos de 2 km's). 2º- Paragem de duas horas e meia, entre a Sertã e Pedrogão Pequeno, para que a chuva abundante passasse. 3º- Depois de Penacova toda a atenção é pouca para não perder a EN 2, temos que seguir junto ao Rio Mondego até ao nó com a IP 3 depois de Porto da Raiva, e tomar a N 17-2 no sentido de Lavradio. Antes desta povoação, fazer um gancho à esquerda e passar por cima da IP 6. Voltar a descer em direção à IP 3, havendo mesmo uma pequena passagem em que temos que a usar por uns metros (por não haver outra opção), sem infringir qualquer sinal. Após isto, voltamos à antiga estrada N 2, sempre junto ao Mondego, entre Oliveira do Mondego e o rio. 4º- Depois da Barragem da Aguieira, a EN 2 desaparece (fica comum à IP 3, onde os ciclistas não podem circular) e só a voltamos a encontrar em Santa Comba Dão (para lá chegar, devemos seguir via N 228 para Mortágua, e pela N 234, até Santa Comba Dão, passando a ponte, sem ser pela IP 3). 5º- Pela paragem causada pela chuva, aliado ao tempo (cerca de uma hora) em que andei em busca da EN2, entre Penacova e Santa Comba Dão, e ainda, para não circular sem luz, o traçado entre Santa Comba e Viseu foi efectuado entre as 7,30 e as 9,30h do dia seguinte.

Em condições normais, e seguindo o enquadramento das duas etapas anteriores, é perfeitamente possível fazer esta etapa como a proponho.

Regiões da Beira Baixa, Beira Litoral e Beira Alta. Províncias de Castelo Branco, Leiria, Coimbra e Viseu. Localidades: Vila de Rei, Centro Geodesico de Portugal, Sertã, Pedrogão Pequeno, Barragem de Cabril (Zêzere), Pedrogão Grande, Alvares, Góis, Vila Nova do Ceira, Vila Nova de Poiares, Penacova, Barragem da Aguieira, Santa Comba Dão, Tondela, Sabugosa e Viseu.

Aqui ficam os Gráficos:






NÚMEROS DA 3ª ETAPA - VILA DE REI - SANTA COMBA DÃO - VISEU:

Departed:Oct 28, '13, 07:00am
Starts in:Vila de Rei, PT
Distance:188.4 km
Elevation:3083 / - 3068 m
Max Grade
11.6 %
Avg. Grade
-0.4 %
VAM570 Vm/h
Ascent time05:24:13
Descent time02:39:18
Total Duration:26:25:51
Moving Time:08:20:52
Stopped Time:18:04:59
Calories:5050
Avg. Watts:187
Max Speed:62.8 kph
Avg. Speed:22.6 kph



Por estar associada a D. Dinis e à Rainha Santa Isabel, Vila de Rei tem vários apontamentos de referência real. Esta fonte é disso um exemplo.
Foi a primeira coisa que vi, logo pela alvorada, quando saia da residencial "O Cobra". Fica aqui como registo da Vila centro de Portugal.




Um pouco de história de Vila de Rei e do seu Marco Geodésico, onde se assinala o centro geográfico de Portugal.




...Ei-lo, na imponência dos seus mais de três metros de altura.




Sertã, a ribeira, e as nuvens que prometiam chuva...




...E não é que cumpriram bem!
Estive mais de duas horas à espera que tal tormenta passasse. É que ainda estava-mos no início da jornada, e com aquela abundância, a veleidade de ter pedalado debaixo de tanta água, ter-me-ia saído caro, para o resto do projeto. Também cheguei a pôr em causa a continuidade, por ter o tempo contado, mas correu tudo bem.




- Rio Zêzere. - Barragem do Cabril. 
Divisão de duas terras "irmãs"; Pedrogão Pequeno e Pedrogão Grande, que por curiosidade estão em distritos diferentes. A Sul do rio, na margem esquerda, estamos em Castelo Branco, e depois da barragem, entramos no de Leiria.




Assim corre o segundo maior rio exclusivamente português, depois da barragem. 
Já passou por mais de metade dos seus cerca de 200 km´s de vales - alguns, antigos glaciares - e ainda tem força para ir encher a albufeira de Castelo de Bode.




...Passo a passso...
Mais um marco desta vasta estrada. O Countdown é uma ajuda preciosa.




- Uma lástima! - Um dos maiores flagelos deste país; - Os fogos!
Este ano já tive oportunidade de cruzar uma boa parte do território nacional, onde esta imagem da Serra da Lousã se repete. Lembro-me por exemplo do Parque Natural do Alvão, sem um metro quadrado de verde... 
- UMA VERGONHA NACIONAL!




Vale do Mondego, com Penacova ao fundo.




Rio Mondego. Barragem da Aguieira.


GR


1 comentário:

JPLopes disse...

Obrigado pela partilha de informação. Embora o plano para 9/10/11 de Junho seja em sentido inverso, faço intenção de dissertar da mesma forma acerca dos locais, peripécias e singularidades da aventura. Blog muito interessante para apoiar o cicloturista ;)