quarta-feira, 3 de junho de 2009

GEO CASH ÀS MÃES D'ÁGUA. (2)

Este segundo dia de “terreno” originou estas fotos que vos mostro de seguida.

Por não ter o GPS comigo (ainda está a arranjar) não pude marcar nada, mas quando puder volto à abordagem a este monumento nacional, para descobrir mais “linhas”, e para ir estudando o melhor percurso possível para um passeio que para além de lúdico, se quer de interesse histórico-cultural.

Este Aqueduto, que muitas vezes olhamos sem ver, foi o ponto preferencial e quase exclusivo no abastecimento de água, das populações da grande Lisboa desde o séc. XVIII (1748) até à pouco mais de 40 anos, quando foi excluído da rede de abastecimento da cidade.

A construção e a ampliação foram-se confundindo com os próprios restauros por se terem estendido pelos séculos XVIII, XIX e XX. Para salvaguardar as necessidades das populações edificavam-se novos ramais para captar toda e qualquer nascente que existisse ao redor de Lisboa.

Através de bicas ou fontes reais, mas principalmente às costas dos aguadeiros, era assim que a imprescindível água chegava às pessoas.

Outra das finalidades desta construção era facilitar o movimento das gentes das terras saloias até à grande urbe, por serem inexistentes ou deficientes tais vias de comunicação.

Facto curioso: - Sabem que este EX-LIBRIS da cidade passou as tormentas do Grande Terramoto de 1755. Para ajudar a este “Milagre”, de certo que terá contribuído o facto de esta obra da engenharia hidráulica ter sido concluída, na sua primeira fase, poucos anos antes, em 1748.

As FOTOS e as HISTÓRIAS:

Depois de já aqui ter passado no primeiro dia de investigação ao Aqueduto, não pude deixar passar esta oportunidade de fotografar a evolução na construção da CRIL. É precisamente na Buraca, na bifurcação do Ramal de Carnaxide com o Aqueduto principal que se encontra uma das maiores dificuldades à evolução desta obra, "chata" para os moradores, mas essencial para todos. Pelo que me foi explicado, o cruzamento das vias, a CRIL e o Aqueduto, vai ser feita com a passagem dos carros, por baixo da "Água", em que a segunda ficará suspensa numa laje que cobrirá a primeira. Numa segunda fase, também o aqueduto será coberto para evitar a sua degradação.
Enfim é uma "obra d'arte" a "chocar" com outra Obra de Arte, que está a atrasar um pouco o avanço da futura estrada.

Para se ter uma ideia mais real, só mesmo ver "in loco". Digamos que não vai ser fácil!!!



Outro ângulo da mesma OBRA.
Parte do futuro PASSEIO, que aproveitará a pista do Aqueduto existente em Monsanto.


Passagem bem conhecida para os BTT'istas de Monsanto. A descida para o Palácio Marques de Fronteira.


Parque da Pedra. A caminho para o parque da Serafina.



Inicio dos arcos de suspensão do Aqueduto, no Bairro de Serafina. Daqui para a frente, surge "o Aqueduto" mais conhecido de todos, a travessia sobre o vale de Alcântara. Por aqui e numa extensão de 941 mt estende-se esta arcaria composta por 35 arcos, dos quais 14 são ogivais. em que o mais alto tem 65 mt de altura e o mais largo 29 mt de largura.


Bairro da Serafina e Aqueduto. Dois "irmãos" sempre juntos.


"REPÓRTER ASTIGMÀTICO"

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